"FETICHE" (Tara Moss)

Uma mulher linda e inteligente se torna alvo de um assassino sádico e cruel. Não é apenas mais uma vítima, ela representa sua maior conquista, a perfeição entre todas que ele já possuiu. Tê-la não será uma tarefa fácil, mas por ela vale a pena correr riscos e se expor perigosamente.

Sedução, inteligência e compulsão são alguns elementos que compõe esse romance policial, "Fetiche", uma história onde a loucura e a beleza determinam quem merece viver ou morrer.

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Clique, clique, clique...

Ela usava sapatos de salto-agulha...lustrosos e elegantes. Eles valorizavam suas pernas longas e exibiam seus músculos definidos e torneados, deixando-as ainda mais sensuais. Caminhando sozinha sob a chuva e com pressa, Cat não percebeu que alguém a seguia e observava com olhos cobiçosos.
Pacientemente, ele esperou o momento certo. E...a tomou para si.
Uma curiosidade mórbida o fez querer saber quem ela era. Ao abrir sua carteira encontrou algo que o deixou eufórico, uma fotografia. Finalmente havia encontrado alguém por quem valeria a pena correr riscos. Seu grande prêmio. Aos seus olhos, ela significava...perfeição.

Makedde Vanderwall acabara de desembarcar em Sydney, Austrália. Aos 25 anos ainda era uma mulher lindíssima, mas sabia que sua carreira de modelo não duraria por muito mais tempo. Não estava mais no auge e decidiu escolher a Psicologia Forense como profissão. Uma proposta de trabalho a levou a Sydney e aproveitaria a oportunidade para rever sua melhor amiga, e também modelo, Cat.

Mas aquela viagem mudaria sua vida para sempre. Encontrou sua amiga morta e mutilada, mais uma vítima do assassino do salto-alto.
Inconformada com o destino trágico de Cat, ela jurou que não iria embora enquanto o caso não fosse resolvido. Seu pai era um ex-policial e seus estudos de psicologia forense haviam aproximado Mak do mundo do crime. Não havia como não se evolver, era amiga da vítima e possuía informações que poderiam ajudar a polícia a encontrar o assassino.

Mak pensou estar preparada para ajudar nas investigações e capturar o Serial Killer. Mas para o Departamento de policia ela não passava de uma simples testemunha.
Mak é teimosa, e sua persistência em querer se meter nas investigações acaba despertando o interesse do detetive Andy Flynn. Porém, não é só de Andy que Makedde chama a atenção, ela está sendo observada, desejada e faz parte do fetiche de um sádico.

A atração entre Mak e Andy é avassaladora, e quando eles menos esperam estão perdidamente apaixonados. Mas isso jamais poderia ter acontecido, o envolvimento entre o responsável pelas investigações e uma testemunha representa uma grave infração aos códigos de conduta.
Flynn é punido, e o relacionamento dele e Mak se torna frio e distante. Ele passou a agir estranhamente e agora também é alvo de suspeitas.
O mistério em torno de Andy, as pistas que não levam ao assassino, o desejo por respostas e a imprudência de Mak desencadeiam uma torrente de acontecimentos imprevisíveis.
Mak sabe que não pode confiar em ninguém, e mesmo assim, ela acaba amordaçada, nua e vestindo apenas... sapatos de salto-agulha.

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“Fetiche” é o primeiro volume da série Makedde Vanderval escrita por Tara Moss. O livro é dinâmico e atraente, uma história que envolve o leitor e reserva bons momentos de suspense. A narrativa é descontraída e a leitura flui rapidamente.

Virou-se de bruços para afundar no colchão o membro ereto e trouxe o sapato até o rosto, aspirando profundamente seu cheiro marcante. As nádegas expostas se contorciam em movimentos espasmódicos.

O desejo cresceu dentro dele. Frustração, raiva, violência e prazer perpassavam suas veias.

"Carne amarrada".
Ele precisa de mais, muito mais. Empurrou o sapato até a fonte de seu prazer e encheu-o com um jato de irritação leitosa.

"Fetiche" introduz o leitor no mundo do crime através de uma perspectiva diferente. Geralmente acompanhamos o desenrolar de uma trama investigativa sob o olhar crítico de um detetive, de um perito, ou até do próprio assassino. Mas em "Fetiche" conhecemos também o ponto de vista de uma vítima em potencial.
Quando iniciei a leitura pensei que a protagonista conduziria ou, pelo menos, seria parte importante na caçada ao serial killer, mas em nenhum momento ela é envolvida oficialmente nas investigações. Tudo que ela faz é por conta própria, mete o nariz em tudo, mas só bate na trave. Vive se colocando em perigo e geralmente não descobre nada de relevante. Chega a ser engraçado e irritante.
Ela é uma personagem inteligente e carismática, mas também é imprudente e auto-confiante demais. Mak é muito persistente, mas está longe de ser eficiente.

"Fetiche" é um romance policial que distrai, ótimo para quem quer se aventurar numa trama investigativa leve.

Tara, Moss. Fetiche. Fundamento, 2008. 312 p. (Makedde Vanderval, Vol. 1)