Bernard Cornwell é considerado um autor que escreve literatura para “macho”. Eu adoro os épicos históricos de Cornwell! Provavelmente, um dos meus cromossomos “X” deve estar manco de uma das pernas. Batalhas corpo a corpo, o cheiro pútrido da guerra e o sangue escorrendo das páginas … são comigo mesmo!
Uma das maiores qualidades do autor é sua capacidade de conseguir amarrar, de forma espetacular, ficção com fatos históricos.
Não são poucos os autores que seduziram os leitores com armaduras e espadas, mas Cornwell é genial. A caracterização dos personagens, descrições das batalhas e ambientação, são capazes de transportar o leitor para o centro da ação. Praticamente sentir o cheiro do sangue e da fumaça, ouvir o relinchar dos cavalos e compartilhar do medo dos personagens é algo comum quando se lê Bernard Cornwell.
Ele demonstra um bom conhecimento em estratégias militares, armamentos de guerra e contextualização política, tornando suas histórias extremamente realistas. Segundo Cornwell, sua maior influência foram as obras CS Forester – autor de vários romances com temas militares e navais.
Saber que Bernard Cornwell é um dos mais importantes escritores britânicos da atualidade, não é nenhuma novidade. Sou uma pessoa curiosa por natureza, e pesquisando sobre o autor, descobri detalhes bem interessantes de sua vida.
Cornwell é um “war baby”, pois nasceu em 1944 durante a segunda guerra mundial. Seu pai era um aviador canadense e a mãe trabalhava como auxiliar na Força Aérea da Grã-Bretanha. A paixão de Cornwell pela história, principalmente a da Inglaterra, pode ser percebida em suas obras que retratam conflitos ocorridos em território inglês. Mais tarde, foi adotado por uma família em Essex, Inglaterra, que pertencia a uma seita religiosa chamada de Peculiar People (Pessoas Peculiares, e segundo o escritor, eram mesmo). Mas fugiu para a Universidade de Londres, incluindo em seu nome o sobrenome da mãe, Cornwell.
Depois de um breve período como professor, ele se juntou a BBC Television, onde trabalhou por 10 anos. Ele começou como pesquisador no programa Nationwide e terminou como Chefe de Assuntos Televisivos da BBC na Irlanda do Norte. Foi enquanto trabalhava em Belfast que conheceu Judy, uma americana que visitava o país, e se apaixonou.
Judy não podia se mudar para a Inglaterra por questões familiares, então Bernard foi para os Estados Unidos onde lhe foi recusado o Green Card. Ele decidiu ganhar a vida como escritor, ofício que não necessitava de permissão do governo dos EUA. Fazia alguns anos que estava querendo escrever as aventuras de um soldado britânico nas Guerras Napoleônicas, e assim, a série Sharpe nasceu. Bernard e Judy se casaram em 1980, permanecem casados e vivendo nos Estados Unidos.
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fonte: wikipédia