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Digno de Nota

terça-feira, 9 de junho de 2015

“A VÍTIMA PERFEITA” (Sophie Hannah)

“A raiva que sinto é diferente de qualquer anterior. É fria, meticulosa. Fico pensando se esse tipo de fúria gelada, o tipo que você consegue moldar e controlar, é a mesma coisa que o mal. Se é, então há mal dentro de mim pela primeira vez em minha vida.”
p. 401
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Naomi Jenkins é uma mulher de negócios bem-sucedida que possui um trabalho incomum: constrói relógios de sol sob encomenda para clientes seletos. Há três anos sofreu uma experiência dolorosa, mas devido às repercussões que isso poderia trazer para seu trabalho decidiu não denunciá-lo.
Esquecer que algo terrível havia lhe acontecido era seu plano, e tudo parecia estar dando certo. Seus negócios continuavam bem e há um ano encontrara o amor de sua vida. O fato de seu amante, Robert Hawort, ser um homem casado não importava. Para Naomi, o que valia era a paixão, a entrega e a confiança que compartilhavam.

Seu romance tinha uma rotina de data e hora marcadas. Eles se encontravam, religiosamente, todas às quintas-feiras, no mesmo horário e se registravam no mesmo quarto de um hotel barato da cidade. Mas quando Robert não comparece a um dos encontros, Naomi se convence de algo lhe aconteceu. Afinal, ele só deixaria de vê-la se estivesse impossibilitado. 

Para tentar descobrir o que aconteceu com Robert, Naomi decide quebrar sua promessa de jamais procurá-lo e vai até sua casa. Ao se esgueirar pelo jardim e olhar pela janela da sala, algo lhe desperta um medo incontrolável. A única coisa em que consegue pensar é fugir dalí. Naomi procura a polícia com a certeza de que Robert foi vítima de algo terrível.
Entretanto, a Sargento Charlie Zailer e o Inspetor Simon Waterhouse não estão convencidos de que Robert esteja desaparecido. Não há nenhuma evidência concreta e a única denunciante é uma amante confusa e que provavelmente não esteja aceitando um possível rompimento.

Porém, uma nova revelação muda o rumo da investigação. Para forçar a polícia a procurá-lo, Naomi decide acusar o próprio namorado de ser um criminoso violento. Relata sua experiência passada – repleta de detalhes sórdidos e doentios – como tendo sido infligida por Robert. Agora, não há como ignorarem o fato de que um psicopata pode estar a solta.
Durante a investigação, a sargento Charlie descobre uma série de crimes similares ao que Naomi descreveu e se depara com um esquema onde as vítimas são escolhidas a dedo através de perfis divulgados na internet. Durante o desenrolar da investigação, tanto Naomi quanto Charlie veem suas vidas serem transformadas num pesadelo. Elas mergulham em uma rede de mentiras, intrigas e violência.
~~~*~~~
A Vítima Perfeita marca a estreia da autora britânica Sophie Hannah no Brasil. Considerada um dos principais nomes da literatura policial contemporânea do Reino Unido e publicada em mais de 32 países, Hannah é conhecida por escrever thrillers psicológicos e que abordam conflitos emocionais. 
Um thriller marcante, pois A Vítima Perfeita me deixou tensa do inicio ao fim. Entretanto, mais uma vez vemos uma série policial ser lançada fora de ordem. Esse é o segundo volume da série Spilling, que já conta com 9 títulos. Evito ler livros de séries lançados aleatoriamente, mas gostei tanto da sinopse que decidi relevar esse detalhe. Espero que os outros romances sejam lançados na ordem daqui pra frente.

A Vítima Perfeita narra a história de Naomi Jenkins, uma mulher que se desespera ao ver que seu amante – Robert Hawort – desapareceu. Convencida de que esse romance é algo sincero e profundo, Naomi não acredita que seu parceiro tenha simplesmente se afastado. Está convicta de que algo lhe aconteceu.

Naomi me tirou do sério a maior parte do tempo. Apesar de não se fazer de vítima devido a seu passado, ela é aquele tipo de mulher que sofre de cegueira por causa do amor. Não enxerga as mentiras, os engodos e a deslealdade que está à sua frente. Simplesmente ama sem reservas e crê em tudo que seu amante diz. Talvez, esse perfil frágil seja em consequência da violência sofrida, baixa autoestima ou apenas estupidez mesmo, mas o fato é que não consigo simpatizar por personagens femininas com perfiz desse tipo. Como consolo, nos últimos capítulos do livro vemos uma Naomi diferente, mais forte e decidida. Só achei que ela demorou demais para acordar e reagir.

Ao longo do livro vemos a história tomar rumos inesperados, as reviravoltas são intrigantes e descobrimos uma trama de revirar o estômago, que envolve psicopatia e o desejo de infligir dor a outrem… digna de Criminal Minds. rsrs
O livro é ótimo, mas perdeu alguns pontos devido ao final. Confesso que achei um tanto morno. Depois de tantas reviravoltas e descobertas interessantes, eu esperava um desfecho mais marcante. Mas esse detalhe não desabona em nada a história. 

Estou em uma maré de livros “mais ou menos”, mas A Vítima Perfeita conseguiu dar uma sacudida na minha rotina de leitura. Obsessão, segredos, apreensão, culpa e personagens que são levados a fazer o mal devido a desajustes psicológicos e emocionais, são alguns dos temas abordados em A Vítima Perfeita. Imperdível para fãs de romances policiais e thrillers psicológicos.

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