"O ARCANO NOVE" (Meg Cabot)

O Arcano nove - O eremita, a nona carta do tarô, guia as almas dos mortos para além da tentação das fogueiras ilusórias ao lado da estrada, de modo que possam ir direto ao seu objetivo mais elevado.

"O Arcano Nove" é o segundo livro da série A Mediadora escrita por Meg Cabot. Quando li o primeiro livro, A Terra das Sombras, não gostei da abordagem que autora utilizou para desenvolver o dom de mediadora da personagem. Mas decidi dar mais uma chance à série e, devo dizer que, minha opinião mudou...para pior.

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Aos olhos de Suzannah, as coisas não parecem mais tão ruins. Ela estava se adaptando bem à Carmel, Califórnia, havia feito novos amigos, descobriu que não era a única com poderes paranormais, e adquiriu uma certa popularidade. Agora só faltava arrumar um namorado. Havia o Jesse e, apesar dele ser lindo e carinhoso,  ela não podia se apaixonar por ele. Afinal, Jesse é o fantasma que mora em seu quarto.

Então Suze conheceu Tad. O rapaz mais bonito e rico da cidade e, por incrível que pareça, ele se interessou por ela. Finalmente Suzannah teria um encontro com uma cara vivo, e ela mal podia esperar pelo seu primeiro beijo. Mas logo sua sorte mudaria.

Suze era uma mediadora e os espíritos atormentados não a deixavam se esquecer disso. Novamente sua vida se complicou quando o fantasma de uma mulher lhe implorou por ajuda. Não havia como escapar dessa missão.

Na tentativa de ajudar a misteriosa mulher, Suzannah descobre que homicídios foram cometidos em nome da ganância. Quando se dá conta...está envolvida em um jogo perigoso.

Os espíritos a perseguem, mas são os vivos que ameaçam sua vida. Ajudar as almas  a encontrar o caminho da paz não é nada fácil e mesmo pensando que pode resolver tudo sozinha, Suzannah precisará do apoio e da ajuda de seu fiel fantasma, Jesse.

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Apesar de "O Arcano Nove" ter sido escrito para o público juvenil, eu não consigo entender o porquê de uma narrativa tão superficial e sem conteúdo. A trama deveria abordar o dom de Suzannah  ao ajudar os mortos, certo? Mas não é exatamente isso o que acontece. A mediação acaba ficando em segundo plano, e tudo acaba girando em torno do umbigo de Suzannah. 

Pela primeira vez, senti profunda antipatia por um personagem. Suzannah é uma adolescente egoísta, grosseira, agressiva e até cruel. Se o leitor não se ater aos detalhes ou não se importar com uma trama simples, pode até achar a história divertida. Mas se você for observador e mais exigente perceberá que a autora, além de usar um linguajar pobre, deu mais ênfase às qualidades ruins de Suzannah. Os diálogos maldosos do tipo: Fulano é patético, Sicrano merece porrada, gato estúpido e imbecil, cachorro idiota, etc, me incomodou. Fechei o livro com a sensação de que, para uma pessoa que recebeu o poder de lidar com a vida e a morte, Suzannah deveria ser mais sensível e menos indiferente e egoísta.

O que se salva no livro é Jesse, o fantasma gentil e carinhoso que mora no quarto de Suzannah.

Minha opinião é contraria a da maioria dos leitores. A série A mediadora é muito aclamada pelos fãs, mas que não me agradou em nada. Para mim, a série acabou em O Arcano Nove. Parei!

Cabot, Meg. O Arcano Nove. Galera Record, 2005. 269 pg. (A Mediadora, Vol. 2)