Imagine uma época de Dragões… Imagine um tempo de heróis Vikings… Agora imagine um menino chamado Soluço Spantosicus Strondus III que vai completar 12 anos e ainda não se transformou no tipo de herói que seu pai gostaria que ele fosse. Ele é pequeno, ruivo e enfrentará um dos episódios mais horripilantes de sua vida. Uma aventura que Soluço sempre se lembrará de Como não celebrar seu aniversário…
~~~*~~~
Soluço Spantosicus Strondus III, a Esperança e o Herdeiro da tribo dos Hooligans Cabeludos, acordou na manhã de seu 12° aniversário bastante animado. Mas, por precaução, ele fez um pedido para que Thor permitisse que seu dia fosse lindo e tranquilo… Sem tempestades, naufrágios, párias homicidas e dragões mortais. Mas seu dragão de estimação, Banguela, garantiria que seu desejo não se tornasse realidade.
O pai de Soluço, Stoico – O Imenso – foi desafiado por Bertha – A Peituda – a provar até o fim do dia que os Hooligans eram tão bons em roubo quanto as Ladras do Pântano. Stoico não resistia a uma competição e estava confiante de que ganharia a aposta. Afinal, ele possuía um raro exemplar do único livro que valia a pena ser lido… Como Treinar Seu Dragão, do professor Tosco Traste, roubado pelo próprio Bocão Bonarroto.
Banguela é um dragão de jardim, muito…muito….muito teimoso e desobediente. E, Justamente naquele dia, ele decidiu comer o livro que os Hooligans veneravam. Stoico acreditava que o livro ia fazê-lo ganhar a aposta contra Bertha e agora tudo estava arruinado. O que Soluço iria fazer? Se não encontrasse uma solução Banguela seria expulso da tribo.
Mas Camicazi se lembrou que existiam outros exemplares na biblioteca pública dos Cabeças-ocas. Tudo que precisavam fazer era irem até lá e roubar um. Porém, havia um grave problema… os livros foram banidos. Completamente. Por decreto da ”Coisa”! Por acreditarem que os livros são inúteis, era terminantemente proibido frequentar a biblioteca. Além disso, ela era vigiada pelo cruel bibliotecário Cabelo Assustado e suas Fatiadoras de Corações.
Mais uma vez, Soluço, Perna-de-Peixe, Camicazi, banguela e Mosca da Tempestade – uma dragoa temperamental e mentirosa patológica – enfrentariam os maiores perigos para completar essa missão. Durante essa arriscada aventura, Soluço descobrirá que Como Treinar Seu Dragão não é o único livro que vale a pena ser lido. Ele verá que existem MONTES de livros úteis e que poderiam salvar sua vida. No final das contas ele percebeu que, mesmo sem tranquilidade, aquele dia acabou sendo um excelente aniversário…
~~~*~~~
Guia do Herói para Vencer Dragões Mortais é o sexto volume da série infantil Como Treinar seu Dragão de Cressida Cowell. Se você ainda não conhece a série, leia as resenhas dos livros anteriores AQUI.
Essa aventura de Soluço, Banguela e seus amigos possui um ritmo gostoso, e a narrativa repleta de humor faz com que a leitura seja muito divertida. Porém, achei que a história foi bem mais simples e curta. Banguela aparece pouco e senti muita falta de seus diálogos engraçados e cheios de ironia.
Muitos elementos que caracterizam a história e personagens que têm um papel antagonista ao de Soluço, não estavam presentes nesse livro... o vilão, os garotos que vivem pentelhando – aquela coleção horrenda de vikings pré-adolescentes – , o Programa de Treinamento de Piratas da Ilha de Berk, etc. Enfim, a história é divertida, mas deixou um pouco a desejar comparada com os livros anteriores.
Mas a lição de moral que está presente em todos os volumes da série, foi uma das melhores e mais bonitas. Como uma leitora apaixonada, fiquei encantada com a mensagem de que os livros são uma das mais deliciosas aventuras.
"Abrir cada livro é como abrir uma porta para outras épocas, outros mundos…
Estou certo de que você, caro leitor, não pode imaginar o que é viver em um mundo no qual os livros tenham sido banidos… Graças a Thor você vive em um tempo e em um lugar em que as pessoas têm o direito de viver, pensar, escrever e ler seus livros em paz, e não há mais necessidade de Heróis...
Então, reserve um pensamento para aqueles que não tiveram tanta sorte."
Pág 200, 201