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Digno de Nota

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

“TUDO AQUILO QUE NUNCA FOI DITO” (Marc Levy)

— Eu controlei a solidão, foi preciso uma paciência enorme. Percorri cidades pelos quatro cantos do mundo em busca do ar que você respirava. Dizem que os pensamentos de duas pessoas que se amam acabam sempre se encontrando, então eu muitas vezes me perguntava ao dormir à noite se você pensava em mim quando eu pensava em você. Cem vezes achei ter te visto e era como se o coração parasse de bater toda vez que o vulto de uma mulher me lembrava o seu… O tempo passou levando junto o nosso, não acha?
 Pág. 217
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Há anos a design de animação Julia Walsh mantém uma relação complicada com seu pai. Para ela, seus gênios eram incompatíveis e a ausência da figura paterna uma constante. Poucos dias antes de seu casamento, Julia recebe a notícia de que seu pai não compareceria em suas bodas. Julia não se surpreendeu, mas teve que admitir que ele tinha um excelente pretexto para não estar presente em um dos momentos mais importantes de sua vida… Anthony Walsh morreu.

Mesmo depois de morto seu pai se mostrava inconveniente. Julia se viu forçada a adiar a cerimônia para organizar um funeral, pois Anthony Walsh seria sepultado no mesmo dia do casamento. Com o falecimento do pai, Julia espera também sepultar os ressentimentos que cultivou por muitos anos. Mas esse trágico acontecimento trouxe à tona todas as mágoas e frustrações latentes. Entretanto, as emoções que seu pai provocaria estavam apenas começando…

No dia seguinte ao funeral, Julia recebe uma encomenda…uma última surpresa preparada por Anthony Walsh que conseguirá influenciar as decisões da filha. Essa derradeira manifestação de vontade levará Júlia em uma incrível viagem que transformará sua vida. Finalmente, ela terá oportunidade de dizer tudo aquilo que nunca foi dito e a chance de reencontrar o que julgava perdido.
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“Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito” foi minha estreia entre os romances do francês Marc Levy. Sempre li opiniões positivas sobre as obras do autor, mas não sabia exatamente o que iria encontrar. Somos apresentados a uma história repleta de sentimentos, onde os protagonistas são obrigados a enfrentar seus próprios demônios. Entre mágoas, arrependimentos e reencontros; o leitor é levado em uma jornada de autoconhecimento e reflexão. Nunca fui fã de dramas que flertam com a autoajuda, mas Levy conduz a história de forma tão inusitada que acabei me rendendo à sua narrativa simples e cativante.
Ao lado de Julia vivenciamos seu estranho presente e, ao reexaminar o que sempre acreditou ser verdadeiro, os acontecimentos que marcaram seu passado são pouco a pouco revelados. No decorrer da história a protagonista reaprende o verdadeiro significado do amor e do perdão. Um leitor sensível consegue tirar grandes lições de vida das linhas de Marc Levy.

O autor mescla de forma muito interessante fatos da vida com fantasia. Confesso que o segmento fantástico escolhido por Levy não me convenceu. Entretanto, ao final do livro, o autor me deixou com uma pulga atrás da orelha; com a impressão de que tudo não passou de um engodo.

A premissa apresentada é linda, mas me pareceu ilusória. O amor descrito é transcendental demais! Infelizmente, não consigo acreditar num amor tão sublime assim. “Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito” é um romance de questionamentos, descobertas e transformação pessoal. Perfeito para fãs de histórias comoventes e que não se incomodam com um pouco de excentricidade. 

Levy, Marc. Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito. Suma de Letras, 2011. 244 p. 
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