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Digno de Nota

sexta-feira, 25 de maio de 2012

“A INTUITIVA” (Hannah Howell)

 Apesar de ter dito para si mesmo que deveria se afastar, que não deveria ceder à crescente atração que sentia por ela, ele estendeu a mão livre e tocou aquele rosto delicado. A pele era macia, quente e dava prazer em tocar… Ele ansiou por acariciá-la ainda mais. O azul dos olhos dela se intensificou, o que mostrava que ela sentia o mesmo desejo ardente. Deixando de lado todas as possíveis consequências e ignorando a resoluções tomadas minutos antes, ele abaixou a boca até a dela, pois precisava prová-la mais uma vez…
 
~~~*~~~
A jovem viúva Alethea Vaugh Channing – assim como muitos de seus familiares – possui dons sobrenaturais. Desde os cinco anos de idade ela é assombrada por visões de um homem desconhecido. Após passar os últimos quinze anos vislumbrando cenas da vida daquele homem, era como se ele fosse parte da família, pois de certa forma haviam crescido juntos.

Mas sua última visão acabou apressando a necessidade de descobrir sua identidade. Era a visão de um futuro próximo… uma visão de dor e morte. Agora, Alethea não tinha outra alternativa, ela precisava salvá-lo. Determinada a impedir esse assassinato, ela viaja a Londres para encontrar o homem de suas visões e alertá-lo de que sua vida corre grande perigo. Mas como convencer um completo estranho de que a ameaça foi prevista através da vidência?

Lord Hartley Greville – o Marquês de Redgrave – é o homem que vem invadindo os sonhos de Alethea ao longo dos anos. Hartley é um notório libertino em Londres, mas sua reputação é apenas um disfarce para sua real atividade. Ele é um espião da coroa e está em uma grande missão para desmascarar Claudete des Rouches, uma perigosa espiã francesa exilada na Inglaterra.

Hartley acredita estar preparado para enfrentar todos os riscos que sua atividade impõe, por isso encara com ceticismo o aviso de Alethea e seu tio Iago. Mas ao ser confrontado com fatos dos quais eles não teriam como saber, ele decide dar uma chance à Alethea de demonstrar o alcance de seu dom. Há três anos ele procura por seus dois sobrinhos desaparecidos na França, e estava começando a acreditar que estivessem mortos. Mas uma visão de Alethea reaviva suas esperanças, ela os viu amedrontados… porém vivos. Não há mais como negar o poder desse estranho dom.

Durante essa busca, Hartley e Alethea não resistem a forte atração. Porém, essa paixão provocará a ira de Claudete, pois ela almeja conquistar Hartley para si. Ela está disposta a tudo para alcançar seu objetivo e não hesitará em tirar Alethea de seu caminho.
Agora, a vida de Alethea também está sob ameaça. Ela precisará ser forte e confiar em seus poderes para vencer mais esse obstáculo. Alethea descobrirá que – nos últimos quinze anos – seu dom a estava preparando para o momento mais importante de sua vida. Lutar pelo seu grande amor…
~~~*~~~
"A Intuitiva" é o terceiro romance da série Wherlocke escrita pela autora Hannah Howell. Mais uma vez iniciei um volume da série após ter lido várias resenhas negativas. O lado positivo foi que a baixa expectativa me proporcionou algumas surpresas, porém atravessei as páginas de A Intuitiva com receio de que logo a história desandaria. Felizmente o livro não chegou a me decepcionar.

O ponto forte de A Intuitiva são as intrigas no seio da alta sociedade londrina, em um período de grande tensão politica entre a Inglaterra e França. A autora não se aprofunda muito no período histórico, mas consegue transmitir muito bem o clima de conspiração e traição. O que mais me agradou foi a atmosfera de espionagem.

É óbvio que o enredo é clichê, os personagens estereotipados e o final com o bom e velho “eles viveram felizes para sempre”, mas isso já era esperado. Afinal, a série Irmãs Wherlocke é um típico romance de banca. Na verdade, minha crítica vai para a heroína da história, Alethea. Infelizmente a personagem não convence, a autora utilizou um artifício muito falho para justificar a inocência de Alethea. Elas precisam mesmo ser sempre virgens e inexperientes nas artes do amor?

Espero que Howell altere um pouco a receita utilizada até aqui para construir o enredo da série. A premissa de que uma Wherlocke/Vaughn pressente ou prevê o perigo de algum lorde, tenta alertá-lo do perigo, vence o obstáculo da descrença e que dessa proximidade surge uma paixão avassaladora… já se tornou um tanto enfadonho.

Enfim…Gostei do livro, foi uma leitura leve e divertida. Mas não é o meu preferido. Todavia, não posso deixar de recomendá-lo. A Intuitiva nos apresenta de forma mais íntima os dons de Argus Wherlocke, protagonista de O Escolhido. Confesso que estou ansiosa para ler o próximo romance da série, pois a presença de um homem como protagonista será bem interessante.

Howell, Hannah. A Intuitiva. Lua de Papel, 2011. 206 p. (Wherlocke, Vol. 3)
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