Olá Pessoal!
Seguindo a onda dos romances eróticos e, principalmente, a conquista de legiões de fãs por Cinquenta Tons de Cinza, agora chegou a vez das imitações burlescas.
É comum vermos paródias, tanto no cinema quanto na literatura. Já tivemos várias publicações do gênero por aqui, como: Orgulho e Preconceito e Zumbis, Opúsculo, Beber, Jogar, F@#er, Dom Casmurro e os discos voadores, A escrava Isaura e o vampiro, O alienista caçador de mutantes...
Nunca li esse tipo de livro, mas confesso que não tenho muito interesse. Na verdade, decidi divulgar esse laçamento por curiosidade. O que vocês acham das paródias? Uma heresia, pois Jane Austen deve estar se revirando no túmulo, oportunismo, ou uma critica saudável a obras consagradas?
Confira o release de Cinquenta Tons do sr. Darcy:
A paródia mais inusitada e engraçada do século retrasado – ou melhor, de
todos os tempos!
Imagine Elizabeth Bennet e o sr. Fitzwilliam Darcy, protagonistas de Orgulho
e preconceito, deixando de lado a moral e o recato e dando vazão a seus desejos
mais ocultos de forma mais pervertida que Christian Grey e Anastasia Steele,
personagens de Cinquenta tons de cinza. O resultado: Cinquenta tons do sr.
Darcy, a incrível e hilária paródia escrita por um famoso inglês sob o
pseudônimo de Emma Thomas.
É interessante notar como a autora aliou duas linguagens tão distintas: uma
clássica e recatada e outra moderna e coloquial. Além disso, é notório que
Thomas estudou minuciosamente os dois romances, mesclando as melhores passagens
e situações das histórias. Contudo, obviamente, a ironia é a principal
característica de Cinquenta tons do sr. Darcy:
“Se pudesse lhe mostrar (...) como uma partida de gamão poderia se equiparar
à excitação de grampos de mamilos e como adornar um chapéu poderia proporcionar
tanto prazer aos sentidos quanto a inserção de um plugue anal extragrande.”
Leitura obrigatória para aqueles que amaram o livro de Jane Austen e/ou o de
E L James. No fim, uma certeza: todos vão querer ler outros romances clássicos
também em versões apimentadas.
“Os leitores poderão ler as cenas que sempre quiseram e não puderam.” (The
Guardian)
“Uma paródia de sucesso!” (Marie Claire)
“Agradará a todos os leitores.” (The Sun)
Emma Thomas é um codinome. Na verdade, um inglês mundialmente famoso escreveu
este livro. Talvez seja o David Beckham, vai ver foi alguém do Palácio de
Buckingham ou um dos Rolling Stones (a julgar pelo nível de loucura, deve ter sido última opção). Mas pode ter sido qualquer um.
Não importa: alguém fugiu do manicômio e teve a ideia de unir Orgulho e
preconceito e Cinquenta tons de cinza. O resultado é Cinquenta tons do sr.
Darcy, uma das maiores loucuras postas em papel.
Trecho do livro:
“- Pois saiba que o senhor é um personagem maldesenvolvido e unidimensional!
– reagiu Elizabeth. – Cinquenta tons? Está mais para dois: “desesperado por
sexo” e “mal-humorado”.
A raiva a tornou verbosa, e ela continuou:
- Quem, eu lhe pergunto, quem, com 27 anos, controla uma companhia global
multimilionária apenas atendendo ao telefone ocasionalmente e dizendo “Fale com
Peters” e “Pegue isso lá na terça-feira”? O que o senhor faz na prática? Além
disso, que heterossexual tem músicas de Nelly Furtado no iPod, para não
mencionar o fato de achá-las uma trilha sonora adequada para uma sessão de sexo
sadomasoquista?
- Srta. Bennet, - interrompeu o sr. Darcy com voz fria – creio que esteja
discutindo o livro errado.
Elizabeth se deteve.
- O senhor está certo, sr. Darcy – respondeu ela com seriedade. – Nesse
ponto, rogo-lhe que me perdoe. É bastante confuso estar em uma mistura de dois
romances tão diferentes.”