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A noite de natal da pequena cidade de Port Gamble foi abalada por uma tragédia. A jovem Katelyn Berkley foi encontrada morta na banheira de sua casa. As circunstâncias da morte são estranhas, e devido ao histórico de depressão de Katelyn e problemas familiares, o caso foi cogitado como suicídio ou acidente. Para poupar a família de uma dor ainda maior, a legista da cidade declarou a morte como um acidente. Porém, nem todos acreditam que a solução do caso seja tão simples…As gêmeas Hayley e Taylor Ryan ficaram sentidas com a morte de Katelyn, e decidem descobrir o que realmente aconteceu com a colega. Elas estão convencidas de que a garota não morreu acidentalmente, pior… ela recebeu ajuda. Mas como Hayley e Taylor poderiam ter certeza de algo tão horrível?
As irmãs Ryan são muito unidas, não só por serem gêmeas, mas porque compartilham um dom sobrenatural. Não era só intuição, as gêmeas estavam tendo sonhos e visões que indicavam que alguém estava por trás da morte de Katelyn. No entanto, elas precisavam de provas.
Agindo por conta própria, Hayley e Taylor saem em busca da verdade. E quando mergulham no mundo de Katelyn, descobrem fatos extremamente perturbadores. Até que esbarram em segredos do passado de sua própria família… algo que elas jamais poderiam imaginar.
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Inveja – primeiro livro da série Empty Coffin de Gergg Olsen – foi uma leitura que me deixou dividida… ora gostava, ora odiava. A princípio, o que mais me atraiu no livro foi o tema proposto. Bullying virtual – um assunto muito sério e atual –, garota com tendências suicidas, uma morte misteriosa e adolescentes investigando um possível crime. Porém, ao longo do livro, vários detalhes me desagradaram.Não gostei da escrita do autor logo de início. A presença de observações tolas – infantis –, diálogos estereotipados e cenas descritas para impressionar o leitor, mas que pareciam artificiais, me deixaram impaciente.
Gosto de textos bem descritos, mas sempre dentro do contexto da trama. Porém, a narrativa de Olsen é repleta de lembranças e flashbacks sem conexão com o enredo central, o que tornou a leitura arrastada e enfadonha em vários momentos. Mas ao longo da narrativa o texto melhora, se torna mais maduro e interessante.
Durante todo o livro as gêmeas são bombardeadas por sonhos, visões, intuições e, no final das contas, são poucas as descobertas relevantes. Não me convenceu. Dá a impressão de que o dom sobrenatural foi acrescentado à história apenas para “cobrir” alguns buracos, para justificar descobertas que de outra maneira seria impossível as gêmeas conseguirem.
Uma das cenas finais do livro me deixou desconfortável... principalmente quando penso que Inveja é um romance para o público jovem. Me considero uma pessoa de mente aberta, mas não consegui enxergar a cena com bons olhos.
Com relação à conclusão do caso da garota morta, o desfecho acabou me surpreendendo. Esperava algo previsível, mas de uma forma simples, o autor faz uma revelação totalmente inesperada. Fiquei contente com isso.
Como disse acima, o assunto abordado em Inveja – cyberbullying – é algo interessante de ser debatido, principalmente quando descobrimos que o enredo foi inspirado em fatos reais. Nesse sentido, a história é bacana. Mas o desenvolvimento da trama não foi totalmente do meu agrado. Leiam, e tirem suas próprias conclusões.
Olsen, Gregg. Inveja. Benvirá, 2013. 336 p. (Empty Coffin, Vol. 1)
Olsen, Gregg. Inveja. Benvirá, 2013. 336 p. (Empty Coffin, Vol. 1)