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Digno de Nota

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Semana do Thriller Policial Intrínseca: A Mulher na Ficção Policial


Olá pessoal!

Hoje começa a "Semana Policial Intrínseca"! O Lendo nas Entrelinhas foi um dos cinco blogs convidados a participar de uma semana totalmente voltada à ficção policial. Todos os dias teremos posts sobre o tema, assuntos abordados em livros, resenhas e sorteios. Fiquem ligados pois na sexta-feira vai rolar uma brincadeira super bacana, o desafio Sherlock Holmes.

Vamos ao primeiro post da "Semana Policial"!!!

"Os assassinos podem viver o mesmo momento por muito tempo.
Eles podem se alimentar de lembranças várias e várias vezes."
The Lovely bones

O primeiro assassinato descrito está na Bíblia, onde Caim possuído por ciúmes matou seu irmão Abel. Assim, o assassinato não era algo novo no século XIX, mas o tema se tornou um novo gênero literário quando Edgar Allan Poe publicou “Assassinatos na Rua Morgue”, em 1841.
Os romances policiais atraem por desafiar o raciocínio lógico dos leitores, além da ética subjacente nesse tipo de trama. O bem deve prevalecer, e aqueles que cometem o mal ou ferem as leis devem pagar por seus crimes.

Na literatura, o homem era visto como o motor da modernidade: o burguês, o operário, o cientista. Mas na ficção policial moderna o homem passou a ser descrito também como um ser errante. Somos envolvidos na vida pessoal dos responsáveis por investigar o crime, os detetives politicamente incorretos - com vícios, problemas emocionais e morais -  e a presença de mulheres como suas parceiras de trabalho, estão se tornando cada vez mais comuns.

Embora a mulher frequentemente fosse descrita como vítima em potencial, elas não ocupavam o papel central. Mas ao longo dos anos, as convenções sofreram mudanças e a figura feminina passou a ser representada também como personagens-chave na literatura. 

O grande diferencial é como essas personagens são construídas: Enquanto os personagens masculinos, principalmente os que ocupam o papel de detetives, são homens reservados, cultuadores da lógica, que não se deixam levar por emoções; as mulheres possuem personalidades fortes, distintas e suas características vão além do clichê. Além de apresentarem uma dualidade, mesmo a bela e angelical esposa do protagonista, é vista, em alguns momentos, por uma ótica que contradiz estes preceitos e explora seu psicológico de modo mais profundo. A detetive possui humor mais maleável, está entre a razão e a emoção, se apaixona e vive um grande amor. 

Hoje é comum encontramos inspetoras de polícia, médicas forenses e até jornalistas metidas a detetives. Miss Marple - protagonista lendária dos romances de Agatha Christie - é um exemplo clássico de uma mente feminina perspicaz.

Mas qual o papel da mulher como escritora nesse universo predominantemente masculino? Homens, incluindo Edgar Allan Poe e Arthur Conan Doyle - são vistos como precursores da ficção policial, mas as mulheres estiveram presentes desde o início.

Em tempos mais recentes, a presença feminina no universo dos romances se tornou mais forte. A Era do Ouro da literatura criminal (1920-1940) tem sido principalmente associada às mulheres, como Agatha Christie, Josephine Tey, Margery Allingham, Ngaio Marsh, e Dorothy L. Sayers.
Autoras contemporâneas no gênero estão sendo cada vez mais reconhecidas. PD James, Patricia Highsmith, Donna Leon, conquistaram grande expressão na ficção policial.
Patricia Cornwell, por sua vez, criou Kay Scarpetta - uma das personagens femininas mais conhecidas da literatura policial.
Tess Gerritsen também é responsável por Jane Rizzoli e Maura Isles, protagonistas fortes e, ao mesmo tempo, femininas.
Val McDermid criou thrillers psicológicos que inspirou uma das séries de TV britânica que mais gosto, Wire in the Blood. A detetive inspetora-chefe da "Bradfield Metropolitan Police", Carol Jordan, é sua personagem feminina.

Além das autoras consagradas acima, temos também as grandes revelações no gênero. Gillian Flynn e Elizabeth Haynes - publicadas recentemente pela Intrínseca - são um exemplo disso.
Gillian Flynn, autora de Garota Exemplar, vendeu três milhões de exemplares e teve os direitos de filmagem comprados pela FOX. Segundo a autora, a surpreendente recepção do livro pelos fãs mostra que os leitores estão preparados para novas mulheres na literatura. “Estamos acostumados em pensar nas mulheres como naturalmente boas, como pessoas que só fazem o certo. Tento desmistificar essa visão um tanto simplista”, afirma.
Já Elizabeth Haynes - autora do thriller psicológico No Escuro - mostra uma mulher que sofre de TOC e vive um relacionamento abusivo com um parceiro psicótico. Assim, a heroína passa todo o romance em um estado de medo. 

Não posso deixar de citar as personagens femininas criadas por autores masculinos: Lisbeth Salander (Stieg Larson), uma das personagens mais marcantes da literatura policial, e as "meninas" do Clube das Mulheres contra o Crime (James Patterson) - a detetive Lindsay Boxer, a médica-legista Claire Washburn, a repórter Cindy Thomas e a promotora Jill Meyer Bernhardt - estão unidas na luta contra o crime.

E para finalizar, a bandida mais carismática de todos os tempos: Gretchen Lowell - a Serial Killer que protagoniza a série policial de Chelsea Cain. Não poderia faltar a menina má da literatura, não é?

Para quem tiver interesse, leia uma breve descrição de algumas das autoras citadas acima AQUI.

Fontes: SBPC - EMSAH  - Wikipédia - Época
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