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Christian Jacq nasceu em Paris (Françca), em 28 de abril de
1947. Romancista histórico e um dos mais conhecidos egiptólogos do
mundo. Se apaixonou pelo Antigo Egito com a idade de treze anos pela leitura de
três volumes da história da civilização do Antigo Egito de Jacques Pirenne.
Casou-se muito jovem, aos 17 anos, e sua viagem de núpcias foi para o Egito,
onde visitou o sítio arqueológico do antigo Memphis.
Começou a estudar filosofia, mas sua paixão pelo Egito levou-o a
concentrar-se em arqueologia e egiptologia, culminando com o título de
doutorado em Sorbonne: Le Voyage dans l'autre monde selon l'Egypte
ancienne. A maioria de sua produção literária é encenada no Antigo Egito. Além de seus romances, ele também publicou muitos livros
acadêmicos.
A sua carreira de escritor, que se iniciou aos 21 anos, segue duas linhas
narrativas: uma de autor moderno e outra de romancista histórico. O egiptólogo
gosta de afirmar que teve êxito literário por unir o universo novelista com a
história egípcia.
Suas primeiras obras publicadas foram sérias, histórias ojetivas que lhe
valeram o reconhecimento da Academia Francesa. Suas obras de ficção não
receberam muita atenção da crítica no início, e quando o fizeram muitas vezes
foram descartadas como romances potboilers. Jacq perseverou, no entanto, decidido a
compartilhar o entusiasmo e a admiração que sentia pelo Egito, com uma audiência
tão vasta quanto possível.
Prolífico em seu campo, Christian Jacq publicou mais de
cinquenta romances, incluindo diversas monografias na área da egiptologia, e
foi traduzido para vários idiomas. Seu primeiro sucesso comercial foi o livro "Champollion, o
egípcio", publicado em 1987, mas seus maiores sucessos foram uma pentalogia
sobre o Faraó Ramsés II, de quem é um admirador confesso.
Em todos os seus romances há uma mistura hábil de ficção e história, com o
cuidado meticuloso com o ambiente do período, mostrando aspectos desconhecidos
da vida cotidiana no Egito dos faraós que atrai o público, tanto os leitores que
procuram conhecimento acadêmicos quanto aqueles que desejam desfrutar de um
romance de aventura.
Christian Jacq escreveu sob vários pseudônimos ao longo de sua carreira
literária: JB. Livingstone, Christopher Carter e Celestine Valois, para citar os
mais conhecidos.
Ele e sua falecida esposa fundaram o Instituto Ramsés, que se dedica a criar
descrições fotográficas do Egito para a preservação de sítios arqueológicos em
perigo. De fato, o Instituto conta com a maior coleção de fotografias do Antigo
Egito, entre doze e quinze mil, com o projeto de reunir mais de cem mil.
Atualmente, o autor reside em Genebra, na Suíça, e alguns de seus livros foram
traduzidos para o português: A rainha do sol (1999), A sabedoria viva do
antigo Egito (2000), Pedra da luz: Nefer,o silencioso (2000), As
egípicias (2002), A lei do deserto (1996), O Egito dos grandes
faraós (2007), Ramsés(em 4 volumes, 2008) dentre outros lançados
pela Bertrand Brasil.
Plavras do autor:
"Penso, da mesma forma, que o grande público adora ler romances nos quais a
história é filha da História. Minha carreira de pesquisador e de egiptólogo
sobrevive e é paralela à de romancista, até o ponto em que os universos do
romancista e do egiptólogo se unem! ... Sendo escritor por vocação e há muito
tempo, penso que existiria como tal. Mas indiscutivelmente foi o casamento
amoroso com o Egito que me trouxe esse contato com o grande público".
Christian Jacq
"Existem várias etapas na elaboração e no nascimento de uma obra. Tenho
sempre vários projetos na cabeça e deixo-os maturar, sempre prosseguindo em
pesquisas, tanto in loco quanto em museus ou por meio de publicações
científicas. Dessa forma, quando um desses projetos se impõe com maior força,
eclipsa os demais. Os acontecimentos se dão quase sempre no Egito, em locais
como Deir el-Médineh, de A pedra da luz, quando o de desejo de redigir
sua epopéia se afirma. Chega, então, o tempo de construir, arquitetar o livro,
encontrar os personagens, falar com minha mulher, empreender pesquisas
aprofundadas sobre tal ou qual ponto detalhado. Essa fase de reconhecimento é
acompanhada dos primeiros ensaios de redação, seguidos de um longo e lento
trabalho de colocar forma nesse hábito solitário, bem conhecido dos escritores.
Solidão rigorosa e necessária para que a mão do escriba possa fazer viver
múltiplos destinos". Christian Jacq