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Foi exatamente às 5:00hs da manhã. O guincho acordou a todos e o som parecia que perfumaria os tímpanos. Parecia metal retorcendo e dilacerando outro metal - o som ampliado milhares de vezes. Depois disso, apenas estática. Os telefones, celulares e rádios pararam de funcionar. Não havia meio de comunicação.
Foi então que elas foram avistadas... Descendo das nuvens surgiram estranhas esferas negras. O horizonte ficou salpicado dessas esferas que começaram a girar... Em seguida, elas começaram a emitir feixes de luz que fizeram automóveis e pessoas sumirem, como num passe de mágica. Não houve explosão, fogo... nada. Simplesmente desapareceram.
Quando tudo isso aconteceu, Josh - um garoto de 15 anos - estava em casa com seu pai, em Prosser, Washington. Sem poder sair, ele se vê confinado com um pai que se tornou obsessivo e um cachorro gordo e preguiçoso. Agora, eles precisam racionar comida e água, pois não sabem quanto tempo o cerco durará. Sobreviver um dia de cada vez se torna uma tarefa difícil, já que a morte parece ser uma questão de tempo. Então, porque esperar? Josh acredita que não há sentido em prolongar o sofrimento. Já seu pai, acha que a vida é uma dádiva e que a esperança dever e prevalecer até o último sopro de vida.
Longe dali, em Los Angeles, Califórnia, Megs - uma menina de 12 anos - se encontra em pior situação. Sozinha em um estacionamento de hotel, sua sobrevivência dependerá apenas de seu instinto e perspicácia. Procurar água, comida e refúgio se tornam prioridades, mas o caos provocado pela invasão a coloca face a face com um inimigo cruel e impiedoso... o ser humano.
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PDM, livro de estreia do autor Stephen Wallenfels, foi uma leitura danada de instigante. A primeira vista, a trama pode parecer apenas mais um entre muitos romances juvenis que exploram o tema "invasão alienígena". Porém, o autor surpreende ao apresentar uma história cujo foco não está nos seres invasores ou no ataque. O cerne do enredo reside na essência humana, no conjunto de forças que regem nossa natureza, no comportamento e decisões tomadas pelo homem quando colocado em uma situação que está além de sua compreensão... de seu controle. Do que somos capazes quando pressionados, forçados ao limite? Até que ponto o caráter e a moral de cada indivíduo influenciam suas ações?
A história é narrada em primeira pessoa e alterna os pontos de vista entre os dois personagens adolescentes. Josh, um garoto que vive com a família e Megs, uma menina que se encontra sozinha durante a invasão. O texto é fluído e o autor não se prende a detalhes, não há longas descrições ou explicações sobre os alienígenas. O autor deixa a cargo do leitor deduzir ou imaginar o objetivo do evento. Seria óbvio, e até clichê, uma invasão destinada à conquista ou extermínio, entretanto ao chegarmos no final do livro percebemos que esse não é o objetivo. Não vou entrar em muitos detalhes para não soltar spoiler, mas ficou claro para mim que o autor entrou numa "vibe" de conscientização e reflexão sobre a natureza humana.
Eu tenho um sério problema com histórias que exploram qualquer tipo de crueldade contra animais, e sofri uma angústia tremenda nesse livro. Isso é um ponto positivo para quem gosta de tramas que provocam apreensão, mas eu me senti mal em muitos momentos. Não consigo racionalizar e me convencer de que é só ficção, pelo simples fato de que essas coisas acontecem na vida real... Na guerra, na miséria extrema ou em qualquer situação que coloque a sobrevivência em risco, o homem se torna brutal. E saber disso mexe com meu emocional.
O livro não possui aquele tipo de ação hollywoodiana, com fugas e batalhas de tirar o folego. PDM é tenso, daqueles livros que nos fazem roer as unhas, e a luta que acompanhamos é baseada na lei do mais forte ou mais apto. O que vai definir quem vive ou morre é o instinto de sobrevivência de cada um...
Enfim, PDM é muito bacana. O livro faz parte de uma serie, e o gancho para continuação é bem interessante. Leiam, pois PDM é tensão do início ao fim!
A história é narrada em primeira pessoa e alterna os pontos de vista entre os dois personagens adolescentes. Josh, um garoto que vive com a família e Megs, uma menina que se encontra sozinha durante a invasão. O texto é fluído e o autor não se prende a detalhes, não há longas descrições ou explicações sobre os alienígenas. O autor deixa a cargo do leitor deduzir ou imaginar o objetivo do evento. Seria óbvio, e até clichê, uma invasão destinada à conquista ou extermínio, entretanto ao chegarmos no final do livro percebemos que esse não é o objetivo. Não vou entrar em muitos detalhes para não soltar spoiler, mas ficou claro para mim que o autor entrou numa "vibe" de conscientização e reflexão sobre a natureza humana.
Eu tenho um sério problema com histórias que exploram qualquer tipo de crueldade contra animais, e sofri uma angústia tremenda nesse livro. Isso é um ponto positivo para quem gosta de tramas que provocam apreensão, mas eu me senti mal em muitos momentos. Não consigo racionalizar e me convencer de que é só ficção, pelo simples fato de que essas coisas acontecem na vida real... Na guerra, na miséria extrema ou em qualquer situação que coloque a sobrevivência em risco, o homem se torna brutal. E saber disso mexe com meu emocional.
O livro não possui aquele tipo de ação hollywoodiana, com fugas e batalhas de tirar o folego. PDM é tenso, daqueles livros que nos fazem roer as unhas, e a luta que acompanhamos é baseada na lei do mais forte ou mais apto. O que vai definir quem vive ou morre é o instinto de sobrevivência de cada um...
Enfim, PDM é muito bacana. O livro faz parte de uma serie, e o gancho para continuação é bem interessante. Leiam, pois PDM é tensão do início ao fim!