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Digno de Nota

terça-feira, 17 de março de 2015

“A DANÇA DOS DRAGÕES” (George R.R. Martin)

(…) — Não são os inimigos que o maldizem abertamente que você deve temer, mas aqueles que sorriem quando você está olhando e amolam as facas quando você vira as costas. (…)
p. 58
~~~*~~~
O futuro dos Sete Reinos é incerto… Das cinzas da batalha, inimigos e ameaças emergem de todas as direções. Westeros se tornou um reino marcado pela hostilidade declarada e sangue derramado.
Porto Real é governado pela Casa Lannister sob o frágil reinado de Tommen. Para manterem o poder, foram forçados a forjar alianças com inimigos que, no passado, lutaram para tirar-lhes o trono de ferro. Intrigas, traições e jogos de influência perverteram o reino.

No extremo Norte, Jon Snow – Senhor Comandante da Patrulha da Noite – precisa lidar com o exigente Rei Stannis Baratheon e a responsabilidade sobre o exército de selvagens que batem à porta da Muralha pesa sobre seus ombros. O inverno está chegando e com ele a ameaça da aproximação dos Outros, seus sonhos são assombrados por medos e preocupações. Um período repleto de conflitos, onde suas decisões podem selar seu destino.

No leste, além do mar estreito, Daenerys tenta manter sua palavra de erradicar a escravidão. Mas para manter seu povo fora dos grilhões, ela enfrentará inimigos implacáveis e precisará adiar sua jornada para reconquistar o trono de ferro. Seus dragões estão crescidos e indomáveis, tornaram-se criaturas ferozes. Agora, a mãe de dragões terá que cuidar para que não se tornem mais uma ameaça.

Com sua cabeça à prêmio, Tyrion Lannister também se encontra além-mar e tenta passar despercebido de todos que possam reconhecê-lo. Para alcançar seu objetivo – manter sua cabeça sobre os ombros e vingar-se de sua família – ele terá que conquistar novos aliados e usar toda sua astúcia.

De todos os cantos, as disputas irão reacender e todos deverão estar prontos para enfrentar os tempos difíceis que estão por vir. Alguns fracassarão, outros prevalecerão nas forças das trevas. Mas, neste momento de inquietude crescente, as marés da política e do destino levarão inevitavelmente a maior dança de todas.
~~~*~~~
A Dança dos Dragões – quinto livro da série As Crônicas de Gelo e Fogo de George R.R. Martin – foi uma leitura que me deixou dividida. Sou apaixonada pela série e pelo estilo narrativo de Martin, entretanto demorei horrores para conseguir mergulhar na história.

No primeiro terço da trama ocorrem poucos eventos intrigantes ou que despertem o interesse do leitor. O enredo explora os próximos passos e destino dos personagens que estão em foco. Aqui, vale um esclarecimento: segundo o autor A Dança dos Dragões não dá continuidade à trama de O Festim dos Corvos, mas corre em paralelo a ele, concentrando-se nos eventos que ocorrem ao norte de Westeros e além do mar estreito. Somente no terço final do livro que temos certa evolução da trama que foi iniciada no livro anterior. Na verdade, A Dança dos Dragões e O Festim dos corvos abordam o mesmo período da história, apenas põe em foco personagens diferentes. Portanto, não há uma evolução de fato, e eu esperava muito por isso.

A Dança dos Dragões conta a história de Tyrion Lennister, Jon Snow, Daenerys Targaryen, Theon Greyjoy (Fedor) e outros personagens de menor destaque aqui, como: Davos Seaworth e Bran Stark, por exemplo. O maior problema para mim foi a extensa gama de personagens que ganham voz expondo acontecimentos pouco relevantes.Da metade do livro para o final é que o enredo passa a apresentar fatos mais interessantes.

No geral, a história andou a passos de tartaruga. Não estou me referindo ao ritmo ou fluidez da narração, mas aos acontecimentos em si. Ficamos presos a uma enxurrada de reuniões, planos a serem debatidos, decisões a serem tomadas, intrigas por todos os lados, viagens por mar, marchas por terra e… pouca mudança ocorre de verdade.

George R.R. Martin pesa a mão nos dilemas, mas negligencia uma perspectiva de solução. Por exemplo, Tyrion é “jogado” de um lado a outro para no final fazer o que sempre fez – usar de sua astúcia para se livrar do problema da vez. Jon Snow continua na Muralha tentando consolidar seu papel de líder. Daenerys mantém sua posição e continua arrumando desculpas para não avançar para Westeros e retomar o trono que lhe é de direito.

É claro que a roda gira e que as circunstâncias em que os personagens se encontram mudam ao longo do livro; eles conquistam novos inimigos, enfrentam novas ameaças e surgem novas barreiras para transporem. No entanto, muito pouco é acrescentado às engrenagens que movem a série… o jogo dos tronos.

E, mesmo com os personagens patinando no mesmo lugar, no final, Martin conseguiu me deixar com o coração na boca. Gente… que desfecho foi aquele? Ainda estou passada e não digeri muito bem o que aconteceu. Maldito seja!

Enfim, apesar do livro ser demasiado longo e aparentemente sem um “norte” definido, A Dança dos Dragões é leitura obrigatória para quem acompanha a série. Que venha Os Ventos do Inverno!

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