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Digno de Nota

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

“CRUZADA” (Robyn Young)

(…) Eles não deixariam a Terra Santa cair. Quando chegasse a hora, levantariam o Ocidente. Estava certo disso.
Guilhaume olhou para as tochas que iluminavam a cidade adormecida como estrelas lançadas do Paraíso Celeste. Se tudo corresse de acordo com o plano, logo estariam em guerra contra os muçulmanos.
— Nós fazemos o que é nosso dever – disse em voz baixa. E então, ainda mais baixo: — Que Deus me perdoe.
p. 86
~~~*~~~
Sinopse:
(pode conter spoiler para quem não leu o primeiro livro da série)

Will Campbell é um cavaleiro templário treinado para a guerra. Mas é também integrante da Anima Templi, popularmente conhecida como Irmandade – uma sociedade secreta dentro da Ordem dos Templários, cujo objetivo é fomentar a paz entre diferentes religiões. Will é um homem que precisa conciliar suas obrigações com a Igreja e seu relacionamento secreto com Elwen. 

Após anos de derramamento de sangue na Terra Santa, a Irmandade enfim orquestra uma delicada trégua entre o exército cristão e muçulmano. No entanto, a Anima Templi descobre indícios de uma conspiração de um grupo de comerciantes do Ocidente que planeja reiniciar o conflito entre cristãos e mamelucos visando aos lucros com a venda de armas para ambos os lados. 
Além disso, o ex-amigo de Will, Garin, viaja para Acre a serviço da Inglaterra com o intuito de extorquir dinheiro da Anima Templi e planeja vingar-se do cavaleiro. 

Como se não bastasse, o rei Eduardo, outrora um confiável integrante da Irmandade, promete ao papa que vai tomar a cruz de Jerusalém liderando uma nova cruzada. Para evitar que isso aconteça, Will recorre ao braço-direito do sultão egípcio Baybars, o emir Kalawun, que tenta proteger sua filha das perversões do marido, o cruel filho do sultão, que planeja destronar seu pai e subjugar os mamelucos. 
~~~*~~~
“Cruzada” é o segundo volume da trilogia Irmandade escrita pela autora Robyn Young. Adorei o primeiro livro da série e estava ansiosa por sua continuação. Minhas expectativas eram altas e mais uma vez fui agraciada com uma leitura dinâmica, envolvente e divertida.

Para quem é fã de épicos históricos, mas não se identifica com algumas caracteristicas do gênero, como: longas descrições e passagens muito descriticas, Robyn Young não pesa a mão nesse aspecto. As descrições são na medida certa para contextualizar o ambiente, a época e os personagens no enredo sem tornar a narrativa enfadonha. Pelo contrário, a trama é repleta reviravoltas e cenas envolventes.

No primeiro livro, Irmandade, acompanhamos de um lado os cristãos em sua campanha para libertar a “Terra Santa” dos infiéis, do outro, vemos os muçulmanos lutarem para defender suas terras e fé. Nesse volume, a história inicia em um período de relativa tranquilidade, onde cristãos e muçulmanos firmaram um frágil acordo de paz. Entretanto, em ambos os lados existem aqueles que anseiam pela guerra e tentam a todo custo fomentar uma maneira de romper a trégua.

Nosso protagonista, Will Campbell, conquistou a confiança do novo Grão-mestre dos Templários e foi nomeado comandante da Ordem do Templo. Apesar de ter ascendido ao posto, Will passa por um momento de fragilidade e duvidas. Após sua decisão equivocada no livro anterior, Will ainda não conseguiu recuperar a confiança de todos os irmãos integrantes da Anima Templi e também sente-se dividido entre a mulher que ama e seu juramento como cavaleiro templário.

Acompanhamos também, os ânimos que permeiam a corte de Baybars, a Besta, sultão do Egito e da Síria. A trégua fez com que o sultão afrouxasse suas defesas contra os cristãos, mas Baybars tinha ameaças mais urgentes para se preocupar, como a invasão dos mongóis. Entretanto, muitos de seus generais estavam descontentes com a constante presença de cristão na Terra Santa e tentam convencer o sultão de que a hora de expulsá-los não deveria ser adiada por muito tempo. Baybars terá que lidar com o descontentamento entre seus homens de confiança.

Eu adorei essa abordagem que mostra ambos os lados, cristãos e muçulmanos. Cada personagem é singular e suas ações são guiadas por anseios, ambições e mágoas que os tornam mais humanos aos olhos do leitor.

Sou apaixonada por belas descrições, onde sou capaz de sentir os odores, o calor da batalha, os dessabores dos personagens… Apesar da atmosfera de conflito e conspirações políticas, achei que o livro possui um ar bem jovial. A série Irmandade é excelente e vale cada página lida. 

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