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Digno de Nota

sábado, 13 de outubro de 2018

“UM AMOR ESCANDALOSO” (Patricia Cabot)

[...] – Alguns livros são tão bons que merecem ser lidos muitas vezes. Cria-se um vínculo com eles. Eles passam a ser... Eles se tornam a sua família.
p. 92 
~~~*~~~
Sinopse:

Quando a bela Kate Mayhew é contratada como dama de companhia de Isabel, filha de Burke Traherne, o marquês de Wingate se vê numa situação complicada. Por um lado, tem consciência de que a Srta. Mayhew é exatamente o que a jovem precisa, mas, ao admiti-la em sua casa, o marquês é obrigado a controlar a atração que sente pela moça. O grande inconveniente é que o cargo que ela ocupa a impede de se tornar uma de suas amantes. E Burke vive sobre o juramento de nunca mais se casar, depois de ter flagrado a ex-esposa num ato de traição.
Já a Srta. Mayhew não consegue parar de pensar em um homem pelo qual jurou nunca se apaixonar, e esconde um escândalo do passado. Ousará a bela moça lutar contra seus desejos e os fantasmas que parecem persegui-la? O homem que frequenta seus sonhos mais despudorados e o que habita seus piores pesadelos aproxima-se cada vez mais, e ela não sabe por quanto tempo mais conseguirá suportar.
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Um Amor Escandaloso é o novo romance de época escrito por Patrícia Cabot – pseudônimo de Meg Cabot – lançado pela editora Record. Devo confessar que iniciei essa leitura repleta de expectativas em decorrência dos últimos romances de época que li, que foram muito divertidos e envolventes. Entretanto, esbarrei em algumas características na escrita de Cabot que não me agradam muito.

Ambientado na Londres do século XIX, Um Amor Escandaloso está inserido no contexto histórico da época, com seus tabus e convenções sociais. Nesse ponto, Cabot foi sucinta, mas eficaz. Entendemos com clareza as regras e costumes do período retratado, o que é importante para acompanharmos todos os receios, anseios e oposições que cercam os personagens. 
Kate Mayhew, uma jovem mulher que vive à margem da alta sociedade londrina após um escândalo e tragédia envolvendo o nome de sua família. Kate é uma mulher de berço que se vê forçada a trabalhar para famílias que desconhecem seu passado. Ela repudia o círculo social a qual pertencia e não possui a intensão de fazer parte dele novamente. Afinal, todos que se diziam amigos se afastaram e deram fôlego às fofocas que arrastaram para a lama o nome de seu pai.

Apesar de inteligente e determinada, Kate nunca se apaixonou e não anseia encontrar um marido. Entretanto, seus instintos a traem quando ela conhece Burke Thaherne, marquês de Wingate. Burke, também tem um passado marcado por um escândalo, mas por ser um cavalheiro ainda é aceito na alta sociedade. Ainda assim, não está livre do escrutínio e fofocas daqueles que o cercam.

Então, Cabot decidiu unir dois personagens com um passado em comum. Apesar de clichê, eu adorei ideia dos personagens compartilharem algo e a promessa de haver certa compreensão mútua. Mas é óbvio que a autora não deixaria que tudo transcorresse de forma simples. 

O casal esbarra em alguns obstáculos, mas o principal é o caráter de Kate. A personagem é um tanto contraditória em sua forma de pensar e agir, ela odeia a forma que foi tratada pela sociedade londrina e não quer fazer parte desse círculo, entretanto deixa de viver plenamente uma paixão por causa da opinião que essas pessoas terão a seu respeito. Kate prefere viver sozinha e na pobreza para não ser alvo de reprovação e fofocas. A maneira de pensar da personagem não me agradou muito, em alguns momentos tive a impressão que suas escolhas são fruto de sua educação – apesar de tudo ela quer ser vista uma moça respeitável –, em outros ela age como se estivesse apenas preocupada com a opinião alheia. Um orgulho sem sentido que durou praticamente o livro todo, apenas no final nossa heroína percebe que o importante é estar ao lado de quem ama e deixe que as pessoas falem o que quiser.

Agora, Burke é o típico homem rico que grita aos quatro ventos que não pretende se casar novamente. Charmoso, viril e vive enroscado com uma amante. Entretanto, é responsável, culto e dedicado à filha concebida em seu primeiro casamento. Burke deu vida à história.
A narrativa de Cabot é cativante, mas faltou descontração. Senti falta daquele toque de humor e sarcasmo nos diálogos. Achei as descrições dos pensamentos e anseios dos personagens demasiado longas e se tornaram entediantes e repetitivas ao longo do livro. 
Os clichês – situações improváveis, equívocos, desencontros e os inúmeros empecilhos para a união do casal – são comuns nesse tipo de romance e, Um Amor Escandaloso, não é diferente. Mas a garantia de um romance apimentado com um final feliz, compensa toda previsibilidade. Apesar de tudo, é um romance de época gostoso de ler.

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