Já vi isso muitas vezes: para diversos casais, todo o esplendor de um casamento surge depois que o amor se esvaiu.
p. 371
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(Contém spoiler dos livros anteriores)
Há muito que Elisabeth e Diana Holland têm preocupações muito mais importantes do que os animados bailes da fascinante Nova York do final do século XIX. A antiga criada das irmãs, Lina Broud, agora se apresenta como Carolina Broad, a nova milionária de Manhattan, e a ambiciosa Penelope trocou o sobrenome Hayes pelo pomposo Schoonmaker ao forçar um casamento com Henry Schoonmaker.
A inocência e as ilusões desfizeram-se, colocando as quatro garotas diante de intrigas, mesquinharias e jogos de poder.
Elisabeth já foi noiva do belo Henry Schoonmaker, mas conheceu o verdadeiro amor nos braços do cocheiro Will Keller e foi exposta a uma dor imensa ao perdê-lo de maneira abrupta e acabou casando-se com Snowden Cairns, que não só a assumiu como esposa, como pretende registrar a criança de que está grávida.
Diana finalmente está mais próxima de seu verdadeiro amor, Henry Schoonmaker. Apesar dos desencontros vividos até então, o casal está novamente junto depois da decisão tomada por Diana de ir procurá-lo em Cuba, para onde ele foi como militar. Os planos para ficarem juntos para sempre, porém, passam por muitos e surpreendentes percalços.
Nos arredores da casa dos Schoonmaker encontra-se a mansão de Carolina Broad, a antiga criada dos Holland, herdeira de uma imensa fortuna, que agora luta para esconder seu passado nada nobre. Carolina vive um conto de fadas com a volta de Leland Bouchard de Paris. Propositalmente, ela compra uma casa próxima à de Leland, tanto para impressioná-lo quanto para tornar-se visível aos olhos do homem por quem está apaixonada. Tudo que ela desejava parece estar se tornando realidade: luxo, glamour e paixão.
Todas procuram manter aquilo que lhes é mais importante, seja amor, poder ou status, mesmo que para isso tenham de burlar costumes ou submeter-se à dissimulação.
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Quando iniciei a série The Luxe de Anna Godbersen, fui conquistada por uma história repleta de luxúria, traições e segredos que fazem parte de um jogo que pode tanto alavancar como destruir reputações. Onde, em meio a disputas de poder e alianças, os membros da elite nova-iorquina competem pela melhor posição social. Os conflitos emocionais, interesses pessoais e paixões proibidas dos personagens também foram um dos pontos altos da trama.
Entretanto, Esplendor – livro que encerra a série – ficou aquém do esperado. Confesso que minhas expectativas eram altas, pois aguardei por mais de dois anos pelo lançamento. Esperava por intrigas, escândalos que abalariam reputações, paixões abrasadoras que fossem de encontro às convenções sociais e atos de extrema vilania de alguns personagens.
A autora inseriu temas intrigantes e que tinham tudo para alavancar o enredo e torná-lo um desfecho de serie incrível, mas esses elementos aparecem de forma tímida e pouca expressiva.
Seria bem mais interessante se os personagens de Anna Godbersen apresentassem uma dualidade de caráter. São traçados de forma bidimensional… Os vilões são sempre maus, o sofredor sempre é o coitadinho da história, etc. Não há uma tentativa de mostrar que nem tudo é preto ou branco.
A autora teceu um final onde tudo se encaixa de forma bem conveniente e sem grandes emoções. Ou seja, soluções piegas que deixaram o final com cara de novela mexicana.
A autora teceu um final onde tudo se encaixa de forma bem conveniente e sem grandes emoções. Ou seja, soluções piegas que deixaram o final com cara de novela mexicana.
Enfim, a série The Luxe é ótimaquando avaliada como um todo. Já Esplendor, teve um enredo pouco desafiador e não fez jus aos outros livros da serie. Porém, vale a pena ser lido. Afinal, independente do rumo que a autora escolheu traçar, desfechos são sempre muito aguardados e merecem ser lidos.
